A melhor parte de fazer parte de uma comunidade é o aprendizado contínuo e conjunto. Aqui nós conseguimos aprender novas coisas e fazer diferentes conexões criativas. Lendo um texto da Maiara Mota "Multipotencialidade, o excesso (ou falta) de títulos" e acompanhando sua jornada de conhecimento no Telegram da Transcriativa falando sobre esse mesmo assunto, eu conectei com um outro assunto que venho estudando, a Pós-Categorização.
Esse conceito foi criado por Bob Johansen, no livro The full spectrum thinking, lançado recentemente. Nesse livro o autor tem como discussão principal a importância do pensamento pós categórico.
Esse conceito diz que não podemos ser reducionistas usando rótulos conhecidos pra coisas, tecnologias,características, comportamentos ou processos novos. Porque esse reducionismo pode fazer o novo tornar-se velho rapidamente. Por isso precisamos evitar esses rótulos limitantes pra que consigamos enxergar o gradiente das novas possibilidades.
Constantemente esse pensamento categórico faz com que a gente busque inserir tudo que existe, o novo e o velho, em definições já conhecidas, enfiando as coisas em caixas que são imprecisas ou até mesmo obsoletas, essas categorias nos levam a ter muita certeza, mas nos afastam da clareza.
Olhar o mundo de forma pós categórica é sobre olhar de forma mais ampla, entender que uma coisa pode ser várias coisas diferentes ao mesmo tempo. Não é porque algo/alguém tem determinada característica que a gente pode definir todas as outras características, precisamos resistir a essas definições e a esse binarismo.
Precisamos ter a paciência e utilizar o pensamento pós-categórico pra evitar rótulos limitantes e explorar melhores possibilidades, o pensamento criativo tem que ser pós-categórico, do contrário colocaremos tudo aquilo que é novo em caixinhas antigas. Essa jornada é sobre buscar mais clareza e menos certezas.