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Apropriação da autossabotagem

Apropriação da autossabotagem
Maiara Mota
Oct. 21 - 2 min read
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Há 3 anos comecei a dar palestras e treinamentos. Como alguém que esteve nos palcos desde criança, sapateando, a exposição para mim nunca foi um problema, mas a ansiedade sempre me pega. Não tem a ver com estar em evidência, tem a ver com o "quem sou eu para fazer isso", acabo me deixando cair em julgamentos enraizados, do tipo:
- Eu nem me formei na faculdade e estou dando uma palestra para alunos de MBA???

OU 

- Acabei de começar minha carreira e estou conversando com pessoas que tem de vida profissional, o que eu tenho de idade???

E aí, nesses momentos - que você pode chamar de insegurança ou Síndrome do Impostor, meu sabotador crítico (alô Inteligência Positiva) se manifesta de uma maneira muito óbvia: procrastinando. 

O ponto é: eu sou extremamente planejada e rápida na execução, mas quando a vozinha minúscula grita aqui dentro dizendo que talvez não seja capaz, toda a estratégia ideal vai por água abaixo. Isso vira revolta, culpa e um monte de atitudes compulsivas. Até a água bater na bunda. E quando o prazo fica curtinho, o euxecutor pega o controle e fala "vamos resolver essa merda agora".

E eu sei muito bem disso, é por isso que o padrão continua. Porque resolve.


Poderia dizer que preciso trabalhar esse sabotador, e provavelmente tenho, só que me apropriar dele virou uma ferramenta.

Meu procrastinar também se relaciona com serendipidade: enquanto eu procrastino, não paro de pensar no que tem que ser feito e quando paro, no subconsciente o conteúdo tá lá borbulhando.

É trocar o vai com medo mesmo, pelo vai por causa do medo mesmo.

Para mim, esse é o maior poder do autoconhecimento. Reconheço minha fragilidade, a acolho e ressignifico.
Agora ela é potência.


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@meubomcurriculo


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