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Invista no seu borogodó

Invista no seu borogodó
Alex Lima
Jan. 15 - 6 min read
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Uma das sociedades mais evoluídas do mundo tem uma missão gigantesca; ser o melhor país PARA o mundo. Retribuir seu avanço tecnológico fazendo que outros cresçam, resolvendo desafios e problemas como desastres e terrorismo, falta de mão de obra, concentração urbana, por exemplo. Esses são alguns dos motes da sociedade 5.0 e tem na empatia uma poderosa ferramenta de crescimento, seja ela profissional ou pessoal, individual ou coletivo, visando eliminar situações de estagnação e miséria, usando a tecnologia misturada com a criatividade humana para mesclar soluções para grandes desafios. Estas são as forças base para essa grande mudança de era.

O Japão dá a largada para a chamada Sociedade da Imaginação (5.0) valorizando a criação de valor com auxílio da tecnologia (4.0) nos direcionando para um novo modelo de organização social onde o principal foco é criar soluções para necessidades humanas. 

Imagine viver em cidades totalmente conectadas, cidades que já ultrapassam a barreira da sociedade da informação (veículos autônomos circulam em sintonia com todo trânsito que, por sua vez, estão conectados às casas inteligentes que empregam robôs para executar trabalhos mais pesados que estão ligadas às empresas que suprem algumas de suas necessidades antes mesmo de você notar e entregam alimentos que são feitos especificamente para curar algum mal do indivíduo que deu um simples sinal de uma anemia, por exemplo). Em espaços assim, fica fácil perceber a integração do on com o off-line, certo? Em espaços assim, o conceito "Smart City" é elevado à "Creative City", deixando o humano, cada vez mais, concentrado em seu maior diferencial: a capacidade criativa

Da transição de modelos, nos percebemos entre vários. Talvez ainda estejamos em maioria num cenário 3.0 (revolução industrial, com suas benesses e problemas) desejando fortemente avançar para um modelo 4.0 (sociedade da informação, conexão e dados), tendo hoje o valor da informação como sendo uma das principais moedas de nosso tempo. A conexão entre as partes facilita processos de todos os tipos, carregando uma grande quantidade de dados e abrindo espaço para a comunicação entre partes espalhadas pelo planeta. 

A sociedade 5.0 é uma evolução clara da anterior, onde o resultado da hiperconexão é a busca por um modo de vida mais eficiente, sustentável e inteligente, evoluindo assim o conceito tão difundido atualmente de Transformação Digital para Transformação Criativa. 

Gerenciar dados já não é mais uma tarefa humana. Na verdade, a máquina já é bastante evoluída nesta (e em outras) tarefa (sabendo disso, a função gerencial humana em algumas empresas cai por terra, correto? Qual necessidade de um controlador de números se a máquina é mais eficiente?). Fomos superados e o quanto antes nos dermos conta deste cenário, mais rápido será o processo de evolução. "Se as máquinas conseguem fazer melhor, nós temos que repensar o nosso papel", diz, referindo-se ao processo educacional, uma das mentes mais brilhantes da nossa geração, o chinês Jack Ma. 

Nessa sociedade do futuro o crescimento econômico se tornará consistente com a solução de desafios globais (e locais também) aliados com os objetivos de desenvolvimento sustentáveis da Organização das Nações Unidas, deixando para o humano fazer e realizar o que ele faz de melhor: pensar e sentir.  E isso é usar a criatividade como ferramenta no seu máximo potencial, isso é ser um Creative Problem Solver, habilidade mais desejada pelas empresas atualmente. Com o auxílio da inteligência artificial, a criação de novos métodos passará, cada vez mais, por soluções criativas para resolução de problemas complexos e, claramente, já começamos a perceber a valorização destes skills no mercado. É um começo de uma mudança anunciada. Prepare-se ;)

E essa mudança demora? Vai saber. A questão importante agora não é essa, mas que você perceba que a transição já está em andamento e cada vez mais veloz. Não há um marco inicial que mereça destaque, mas a convergência entre discursos e ações que podemos perceber nas lideranças econômicas mundiais. Uma coisa é fato: já está acontecendo. E você vai viver em um mundo onde a capacidade criativa será tratada como um dos maiores ativos econômicos. Tenho certeza disso. Assim como minha certeza aposta, também, na capacidade criativa do brasileiro como um dos principais fatores que pode catapultar nossa economia e percepção de valor frente ao mundo. Temos aqui um potencial extremo para que haja diferenciação nas nossas entregas ao mundo, temos aqui um dos países historicamente mais criativos do globo. Ainda somos competitivos neste quesito. E se quisermos, se nos entendermos como um local com uma identidade criativa fenomenal, se nos percebermos assim como somos, e a valorização destas características forem levadas à sério, barreiras que por muitos são vistas como intransponíveis, são tiradas de letra, com um sorriso no rosto, por nossos irmãos de pátria.

Com ferramentas, conhecimento e tecnologia, não creio ser utopia dizer que, finalmente, poderemos ser o país do futuro. E para que isso aconteça, novas moedas de valor devem surgir. Uma delas, nossa por DNA, é o Borogodó. O nosso jeito de resolver problemas, ultrapassar obstáculos, criar saídas para dificuldades, inventar traquitanas dignas de pesquisas da Nasa. Essa característica, usada para o bem e entendida como processo, pode nos catapultar para destaque em cenários econômicos, sociais, ambientais, etc. 

O borogodó é, sim, a moeda do futuro. E podemos ser não necessariamente os mais ricos neste quesito mas, certamente, somos os mais abundantes neste recurso. A criatividade cada vez mais será a habilidade mais desejada e de maior valor.

Abra o olho e invista em você o quanto antes.

 

 


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