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É hora de perder a ESPERANÇA [Uma Reflexão sobre o TEMPO]

É hora de perder a ESPERANÇA [Uma Reflexão sobre o TEMPO]
Isaac Varzim
May. 29 - 4 min read
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Se tem uma coisa que é um enrosco pro ser humano é o tempo.

Primeiro porque vivemos obviamente mergulhados, controlados e até ameaçados por ele ao longo da vida, mas nem mesmo sabemos explicar direito o que ele é.
O que é o tempo?

Difícil responder né? É uma daquelas coisas que a gente sabe exatamente o que é, mas não sabe explicar. Na hora que vai abrir a boca, de repente, como num passe de mágica, somem  as palavras. Tem várias coisas que são assim. É basicamente o que chamamos de intuição. A gente sabe perfeitamente, mas não consegue explicar.

Além disso, nossa vida é uma constante disputa entre o que passou e o que virá, vivemos nesse delta entre tempos. O que chamamos de presente nada mais é do que  um simples respiro de expectativas entre o passado e o futuro.
Mas o que é o passado? O que é o futuro? Talvez a resposta mais óbvia é que não sejam nada, já que eles não existem em qualquer lugar fora da nossa própria cabeça.

Quando você lembra da casa da sua vó, do cheirinho de canela daquele bolo que ela fazia, ou quando você se imagina casado, com filhos, em um emprego estável e um apartamento quitado; ambas visões acontecem sabe onde? No presente. Em sua mente, nesse exato momento, enquanto o relógio segue reafirmando segundo após segundo nada mais que a brutalidade do tempo presente.

Mas se futuro e passado não existem concretamente, porque são justamente os tempos em que todo mundo passa 99,99% de suas vidas? Porque é justamente alí que estamos o tempo todo? Quem vive o presente? Quem olha pro agora? Quem olha pra vida sem perguntar o que veio antes ou o que virá depois?

Quase ninguém, porque o presente é amargo e pesado, preferimos viver amarrados ao passado "aí como era bom antigamente, as coisas eram melhores, a política, a minha família…" ou ao futuro  "Ah porque quando eu me formar, ah mas daí quando eu casar, ah mas quando eu tiver dinheiro…"  

Tempos que não existem, o que Santo Agostinho chamou de TEMPOS DA ALMA. Vivemos na virtualidade do irreal.

E essa relação esquisita com esses "tempos da alma" pode ser bastante tóxica. Se ficamos presos ao passado, veremos a depressão rondando nosso quintal; se presos ao futuro, nos visitará a ansiedade ou a esperança.

A esperança? Qual o problema com a esperança? Quem poderia argumentar contra a esperança? Ora, quem tem esperança, nada mais faz que ESPERAR. Quem espera, espera pelo que? Pelo outro, pela sorte, pelo acaso. Quem espera um ônibus no ponto, tem esperança. Esperança de que o ônibus vá chegar na hora certa, que vá te levar ao destino combinado… nada disso sob o seu controle ou sob a sua ação, depende de mil fatores que estão fora da sua alçada, do seu manejo. Se o motorista acordar de mal humor, brigar com a esposa, jogar a xícara de café no chão, perder 20 minutos limpando a sujeira que fez, atrasar pra chegar na empresa e o ônibus não aparecer… a você, que esperou, só resta a tristeza e a frustração.  Esperança seria torcer para que as coisas deem certo. Transformar não é esperar. 
Assunto tão enroscado quanto o próprio tempo não é mesmo? O vídeo desta semana do canal Revolução Colunista no Youtube abre esta discussão e aprofunda-se no tema em um vídeo que, além de te fazer pensar, será tudo menos uma perda de... tempo.

 

Assista aqui:

 

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