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Do que você precisa para trabalhar com Diversidade e Inclusão?

Do que você precisa para trabalhar com Diversidade e Inclusão?
Viviane de Araújo
Apr. 28 - 5 min read
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Cada vez mais eu encontro pessoas interessadas em trabalhar com Diversidade e Inclusão.

Temos um corpo interessante – e em franco crescimento – de pessoas atuando pelo Brasil afora (ou adentro), e eu tenho muito orgulho de fazer parte deste desse cenário. Este tema é abundante e está fluindo por todas as dimensões sociais. Isso enche meu coração se enche de alegria!

universitários interessados em pesquisar e escrever sobre o assunto nos seus trabalhos de conclusão de curso e estagiários participando de programas e projetos empresariais ou de organizações sociais, e vendo o tema como uma oportunidade de carreira. Há analistas e especialistas de diferentes áreas liderando projetos de valor e gestores e executivos colocando o tema na sua agenda e estimulando a criação de novos e produtos e serviços em diferentes tipos de organização. Há consultores ajudando fazer leituras de cenário e a criar soluções que estão ajudando a transformar negócios e organizações. Há professores universitários criando programas de pós-graduação e linhas de pesquisa inovadoras e professores infanto-juvenis, colocando o tema como base para o desenvolvimento da sensibilidade e competências relacionais de crianças e adolescentes. E há ainda, ativistas lutando em movimentos sociais específicos e interseccionais e políticos propondo a criação de políticas públicas necessárias para ampliarmos as condições de dignidade para milhões de pessoas que, por sua condição ou escolha, fogem aos padrões normativos e têm sido deixadas historicamente pra trás.

Ah... e não posso deixar de falar que há também aquelas pessoas que têm Diversidade e Inclusão como valor para a condução do seu ofício ou do seu pequeno empreendimento, seja ele qual for.

São pessoas formadas em diferentes áreas ou ainda na escola da vida – com notório saber da vivência legítima– e que têm dado contribuições cruciais para consolidar o tema como essência e fundamento  para tornar o mundo melhor para todas as pessoas.

Mas o que é preciso para ser um protagonista dessa jornada de transformação que gera ganhos tangíveis e intangíveis para pessoas, relações, ambientes, organizações, negócios e para toda a sociedade?

Ao meu ver, são dois caminhos paralelos, complementares e que elevam qualquer pessoa que decide encarar essa jornada com seriedade: 1) buscar constantemente a ampliação da própria visão e consciência e; 2) Desenvolver competências essenciais para propor ações úteis e funcionais para o seu contexto de atuação.

Esse tema passa por dentro da gente e transborda fora, em forma de movimento para a mudança. Por isso, na prática, alguns atributos são imprescindíveis, como:

  • Ter o tema como valor para si, para suas relações e para os ambientes dos quais faz parte.
  • Compreender e acolher a pluralidade da vida e as infinitas formas de viver.
  • Reconhecer as diferenças culturais que imprimem diferentes leituras sobre como trabalhar o assunto.
  • Ter pensamento sistêmico para ser capaz de ligar os pontos e ler assertivamente o cenário no qual vai trabalhar.
  • Conhecer a evolução histórica dos paradigmas sociais de grupos identitários e os movimentos sociais que asseguraram (e asseguram) direitos e protagonismo para os mesmos grupos.
  • Conhecer, tratados, convenções e legislações relacionadas ao tema.
  • Reconhecer que seu lugar de fala tem valor, mas é delimitado às suas características, educação, experiências, privilégios, etc.; e ele não fala em nome de ninguém, apenas do seu.
  • Entender e defender que representatividade importa.
  • Ter humildade para reconhecer e lidar com os próprios preconceitos (este é um exercício sem fim).
  • Questionar o status quo, quando este reproduz e repete padrões comportamentais que excluem e lesam certos grupos e pessoas.
  • Ter potencial para criar, implementar e avaliar projetos para transformar realidades (e desenvolver competências pra fazer isso).
  • Desenvolver capacidade de influência e negociação.
  • Saber circular em diferentes grupos para ouvir, dialogar e construir coletivamente as soluções.
  • Valorizar pequenas conquistas, mas perseguir as grandes.
  • Ter resiliência para lidar com situações e cenários difíceis.
  • Ter habilidade para começar de novo e de novo e de novo.

É claro que não se desenvolve esses atributos da noite pro dia. É na jornada que vamos aprendendo e descobrindo o que é natural, espontâneo e o que precisamos ralar para desenvolver. É na jornada que vamos nos construindo e damos nossa parcela de contribuição que - acredite - tem muito valor.

Diversidade e Inclusão é um tema transversal e interdisciplinar que pede diferentes olhares, perspectivas, necessidades e recursos. Quanto mais pessoas se interessam em aprender e a colocar o tema a serviço da sua área de influência, maior será o potencial de soluções criativas, colaborativas e sustentáveis e maiores serão as chances de nos tornamos mais e melhores como humanidade, em todas as suas dimensões.

Que tal? Bora lá construir um mundo mais inclusivo para a diversidade já está aqui, em mim, em você e à nossa volta?

Aquele abraço!!!

Viviane de Araújo :)


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