O grande barato de conviver com cachorros (e outros bichos) é percebermos ser tão importante aprender com eles quanto ensiná-los como queremos que se comportem na nossa casa.
Cães e humanos são amigos de longa data. Historiadores afirmam que nos primórdios da civilização, grupos de lobos menos ariscos aproximaram-se se grupos humanos para alimentarem-se de restos de alimentos enquanto os homens perceberam que esses os protegiam de outros predadores. Deu match!!
No processo de evolução juntos, os homens foram transformando seus próprios instintos e condicionando seus animais, até chegarmos ao ponto de vivermos fechados em apartamentos e escritórios e achar suficiente, como contato diário com a natureza, ter plantas exóticas em vasos vistosos e cães transformados em bibelôs vestidos e perfumados em pet shops.
Está mais que na hora de ajustarmos essa velha amizade. Tratá-los como cães não é tratar mal, é respeitar suas particularidades e seus instintos e com isso acordar o que nos resta dos nossos que é a nossa intuição. Intuição é força criadora que está dentro de cada um, está na nossa essência, naquilo que trazemos de nossos ancestrais. O despertar da intuição nos torna mais responsáveis e criativos, o que é mais que necessário para fazermos as transformações necessárias para nossa convivência com as demais espécies e nossa sobrevivência no planeta.
Que tal brincar mais à vontade com seu pet, observar suas ações sem julgamento e se deixar contaminar por aquela singular ingenuidade? Ser curioso, “cheirar” tudo e todos, amar incondicionalmente quem te faz o bem e latir forte quando algo te ameaça. Cultivar essa presença da nossa porção animal pode ser uma grande ferramenta para despertar a empatia e a criatividade!