Vivemos em um mundo, que tudo se baseia na troca de produtos e serviços por dinheiro, isso é fato. Isso porque, precisamos sobreviver, comprar alimentos, roupas, mantimentos, ter e manter uma casa enfim.
Sempre tive uma relação muito amigável com o dinheiro. Desde muito nova, sempre guardei dinheiro. Qualquer dinheiro que eu ganhava, independente do valor, eu procurava guardar. Ao chegar nos meus 23 anos, em meio a uma pandemia, resolvi que precisava fazer algo pelo Meio Ambiente, e porque não pegar uma parte do dinheiro que já havia guardado e abrir meu próprio negócio. Fácil, não é?!
A resposta é não! Até parece que seria! :x
A partir do momento que abri a minha empresa/ marca, a minha relação com o dinheiro mudou. Fiquei com medo de perder o que havia investido nos produtos, equipamentos e materiais. Toda vez que olhava para o que eu já não tinha mais guardado, eu entrava em pânico, pois queria repor esse dinheiro. Por outro lado, me sentia culpada por querer aquele dinheiro de volta, e por estar vendendo produtos sustentáveis. É aquela coisa de parecer que quem vende produtos e serviços em prol do Desenvolvimento Sustentável não pode cobrar pelo seu trabalho, pois parece errado. ME POUPEEE
Nos esquecemos, as vezes, que o próprio Desenvolvimento Sustentável possui três pilares, e que um deles inclui o desenvolvimento econômico: i)Desenvolvimento econômico; ii)Desenvolvimento social e; iii) Proteção ambiental.
A partir de alguns estudos, buscas e da aula que tivemos sobre Dinheirofobia, na Semana do Negócio Bem Sucedido e Sustentável, fica cada vez mais claro que não é errado, feio e muito menos ruim cobrar por nossos serviços que são em prol do cuidado do Planeta e Meio Ambiente. No entanto, é óbvio que precisamos estar atentos e seguir os nossos princípios, cobrar justamente pelo que oferecemos e sempre buscar as melhores alternativas.
Dessa forma, precisamos sim, de dinheiro no meio dos negócios sustentáveis, mas ele não pode ser o fim, e sim uma ferramenta, para que os negócios cresçam, que o dinheiro circule e que o planeta se salve! Ah, e o dinheiro que eu ainda não coloquei de volta, um dia vai vir, e vai sair novamente, para novos investimentos.