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A maconha, o açúcar e os negócios que mudam o mundo.

A maconha, o açúcar e os negócios que mudam o mundo.
Joana Wosgrau Câmara
Jul. 17 - 5 min read
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O meu mantra nessa comunidade é trazer do caos o caminho para as ideias e resumir esse clique de pensamento em 1 minuto. Era lógico que eu, com sol em câncer, ascendente em libra e lua em peixes não pararia pra metrificar se 1 minuto ia ser suficiente de tempo pra falar sobre o que eu quereria falar, então, vamos ter mais que 1 minuto pra mudar o mundo dessa vez. Ufa, que sorte, hem!

Aprendi com Dark que ao retornar e entender a Origem de qualquer conflito é o que permite que os novos caminhos sejam trilhados. Nesses novos caminhos experimentamos muita coisa e estarmos abertos a tudo que o novo mundo nos oferece é um processo difícil pra c*c*t*.
Pro futuro existir do jeito que tu quer, tens que voltar ao passado, dar uma fuçada, mudar umas coisas na tua cabeça, desconstruir uma porrada de coisa e testar na prática, pra ver se desconstruiu mesmo e se estamos bem com isso.

Desse jeito, liberamos o caminho pro futuro existir e ele depende disso. É um ciclo sem fim. Nos negócios é a mesma coisa.
Me envolvi numa discussão uma vez sobre legalização da maconha com uma grande e sábia amiga da faculdade, eu tinha acabado de me tornar a favor e meu ponto era esse; e a da minha oponente era a legalização das drogas, todas. Era minha chance de testar a desconstrução. 

Trouxemos como base a frase da música, em que diz: "os nóia da faria lima são a cracolândia blasé"* - que faz menção às diferentes classes sociais que usam as mesmas drogas e recebem diferentes tratamentos por isso - e colocamos na mesa a lógica de que algumas substâncias psicoativas podem ser vendidas em farmácia, com receita: rivotril, prozac, frontal; e outras sem receita: cerveja, açúcar. Mas tem aquelas que não se vende nem com receita: maconha, cocaína, crack, cogumelos. Quem decide o que pode ser vendido com inspeção sanitária e o que só pode ser vendido via tráfico? Quem ganha com isso? Quem perde? Se todos esses outros fossem ilegais, as pessoas parariam de consumi-los? Temos informação suficiente pra responder por todas essas perguntas, o que nos falta é sabedoria pra resolver um conflito. Me despi de uma camada de julgamentos e concordei com ela. Ao comparar uma substância psicoativa natural como a maconha com outra natural e processada, o açúcar, me fez olhar a mesma realidade de um jeito totalmente diferente.

Desde então, me permito questionar uma posição de status quo desse jeito: eu que penso assim ou a sociedade tá me impondo isso? 
Essa mesma sociedade criada em cima de leis feitas por pessoas brancas, homens, velhos, cis e heterossexuais. Como eu posso seguir sem questionar a evolução dessas leis?
Negócios que mudam o mundo estão intimamente ligados com a ruptura desse status quo e precisam ser cada vez mais disruptivos na produção do conhecimento e na liberdade em conversar, debater, perguntar.

Tem MUITA INFORMAÇÃO solta por aí e a gente precisa começar a filtrar e produzir conhecimento, sabedoria, sobre isso tudo e de forma criativa.

Ser livre pra questionar sem medo de ser estigmatizado, julgado, reprimido. Somos todos - dentro dessa bolha de quem tem o privilégio da escolha - a favor da liberdade de expressão, da mostra de vulnerabilidades e de ser quem somos, mas será que estamos de fato prontos pra aceitar de verdade quem o outro é?
Negócios que mudam o mundo precisam se despir de julgamentos, o máximo que der. Revisitar diariamente quem somos de verdade é o grande portal pra um futuro justo e pra todos, o melhor que podemos fazer é sermos MUITO felizes pra poder querer que todo mundo tenha a oportunidade de experimentar isso com todo o seu potencial. Meditar pra mim é isso (eu não consigo ficar sentada no tapetinho, dói minhas costas).
Eu aposto que se todo ser humano tivesse a chance de ser feliz fazendo o que ama fazer, inclusive a parte chata do que ama fazer, a gente já teria a capa de invisibilidade do Harry Potter.


O desconforto gerado no título desse texto é pra mostrar que a criatividade dos novos tempos precisa chegar revolucionando tudo - e rápido!
E eu to pronta pra enfrentar esse novos tempos, com uma comunidade megazord chamada Transcriativa.

*trecho retirado da música Mandume - Emicida.


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