[contém opinião]
Em tempos de fake news, preciso lembrar todas as referências de onde eu tirei a informação que estou comunicando para que ela tenha valor?
As pessoas que criam este conhecimento que adquiri leram algo em algum lugar, testaram em sua experiência porque aquilo fez sentido em algum momento e compartilharam os resultados. Elas refletiram sobre aquilo de acordo com os próprios valores e comunicaram pra compartilhar esse novo saber.
O conhecimento muitas vezes é subjetivo, dependente do contexto. Brota da associação de mil visões com a minha própria, através das minhas observações e experiências de vida.
Eu leio tantas coisas, de tanto lugares, e normalmente não lembro exatamente de onde aquilo veio, porque aquela visão já não é mais do outro. Eu já criei meu próprio conhecimento com minha interpretação, baseada nos meus valores e experiência.
Isso tem valor pra você?
Acho que a gente subestima nossa própria capacidade de criação e superestima certas figuras. Sempre que coloco alguém num pedestal me diminuo, reduzo meu próprio poder a um mero repetidor de palavras.
Todo mundo tem um nível de discernimento, e quanto mais a gente se conhece e mais se conecta com a intuição, mais incríveis são os insights, melhor a capacidade de criar e compartilhar visões com sentido - [sentidas].
Honro demais todos os excelentes comunicadores e filósofos da vida que contribuem no meu pensar. E adiciono que, a partir do momento que os escutei, a mensagem que eu passo pra frente já tá recheada de quem eu sou.
Pra finalizar, deixo claro aqui que escrevo esse texto pensando na informação filosófica, refletida, experiencial da vida, de opinião… Não é sobre acreditar numa mensagem de WhatsApp sem questionar, só porque defende seu lado e difama a oposição. Fatos jornalísticos e científicos tem mais força do que opiniões, quando não estamos numa discussão construtiva e argumentada.
E você, como enxerga a produção do conhecimento?
Joana Machado - Terapeuta Integrativa e Astróloga
Instagram: @jommachado