Faço alusão à frase “o que o seu dinheiro nutre?”, que é a chamada do Triodos Bank, um banco ético europeu onde todos os investimentos são direcionados a causas sociais, ambientais e culturais.
Num momento onde a criatividade é considerada um bem, um valor, que investimos tempo e dinheiro em cursos e jornadas criativas, esperando com isso aumentar o valor do nosso trabalho, onde mais podemos investir esses saberes pensando num retorno ético e que não seja apenas financeiro? Como podemos colocar nosso potencial criativo a serviço de uma causa maior?
As transformações do mundo sempre foram constantes, mas parece que estamos num momento mais intenso e rápido que exige respostas precisas e adaptações vigorosas.
Não basta adaptarmos nossas carreiras, nosso modo de vida pessoal se não pensarmos no todo. Essa pandemia veio mostrar que o mundo está todo interligado e que atitudes individuais impactam e afetam coletivos de forma positiva ou negativa.
Tantas pessoas perderam empregos, outras perderam dignidade e ainda as que perderam a vida. Como criar inovação a partir da terra arrasada? E como essa inovação pode ser inclusiva? Nunca a pergunta “para quem?” fez tanto sentido ao se falar de criatividade e inovação e nunca a capacidade humana de imaginação foi tão necessária.
Imaginar um futuro melhor é possível, criar ações inclusivas no presente é necessário. O planeta Terra é único, é nosso habitat e de todos os demais seres vivos, fazemos parte do mesmo sistema. O que a nossa criatividade pode nutrir?