Que diferença faz se escrevo ou não, se filmo ou não, se desisto ou não?
Quando acho que as coisas deram errado por causa das expectativas que criei? o que eu faço? Eu tenho duas alternativas: sentar e chorar ou sentar, chorar e recomeçar
Essa é a diferença entre amadores e profissionais.
Porque se me disponho a fazer, tenho que fazer. O tempo não é problema. Cronograma também não. Quem estiver envolvido vai entender que você precisa de dois minutos pra pensar, reorganizar, replanejar. Elas querem o melhor. Por isso elas entendem que o melhor a se fazer, agora, é ter uma pausa ou até mesmo um adiamento.
Porque quero ser um profissional, então dou meu melhor em todas as circunstâncias e oportunidades. Por menor que elas aparentem ser. Só aparentem, porque as oportunidades nunca são só “mais um trabalho”.
Independente das adversidades, as pessoas terão o melhor do meu trabalho.
Soluçar problemas pontuais e imprevistos é ser profissional.
Solucionar problemas pontuais e imprevistos antes que eles aconteçam, também.
Porque um profissional meio que prevê o futuro.
Com uma visão meio nebulosa, sim, mas com uma ideia de como esse futuro se parece. Porque as coisas tendem a se repetir. Principalmente quando não planejo, me organizo.
Ou quando me prendo demais a um roteiro ou ideia. Me fecho a novas possibilidades e é difícil improvisar, quando preciso.
Preciso ouvir mais jazz de novo. Porque filmar/dirigir/escrever/criar, é jazz, também. Enquanto escrevo isso, ouço ‘Giant Steps’, de Coltrane. Coltrane nunca se prendeu a uma única possibilidade. E ele mudou a música, mudou o jazz.
Eu? Quero mudar meu trabalho e a forma que crio. Quero me revolucionar, assim como Coltrane revolucionou o mundo soprando um instrumento.
Por isso anoto tudo. Cada final de dia de captação, tenho uma reunião comigo mesmo e me pergunto onde errei e como melhorar. E como solucionar os problemas que encontrei ontem.
Então, que diferença faz se eu tento ou não?
Na dúvida, faça.
No medo, faça. No desespero, também.