Já nascemos ouvindo que criatividade não é coisa boa.
Não somos incentivados a expressar nossas emoções através da criatividade.
Assim que, quando criança começamos a desenhar, escrever e explorar, ouvimos que precisamos parar de “rabiscar” por todos os cantos.
Me lembro de criar personagens, criar histórias, viver em um mundo paralelo e via os adultos rindo das minhas ações.
Até, quando me tornei adolescente que comecei a escrever, datilografar, criar peças, precisava esconder minhas criações porque essas “criações” não eram bem vistas.
Com dezessete anos, havia decidido que faria filosofia, porque uma de minhas maiores vontades era entender a complexidade do ser humano.
Sempre fui muito questionadora, mas muitas vezes precisei me calar, porque não era aceitável fazer tantas perguntas.
Acreditava que se fizesse filosofia, iria ter as respostas para todos os meus questionamentos, mas também não fui incentivada, ouvi muitas vezes em casa “não quero que minha filha seja vista como louca”,“ você vai viver de que?”, “menina você vai passar fome” ou “não quero te ver abraçando árvores por aí".
Então, me acovardei e não segui meu instinto, fiz administração de empresas, porém, não consegui me enquadrar nas carreiras tradicionais.
Busquei desafios na carreira e na vida, hoje trabalho com pessoas criativas, ajudando-os a desenvolverem seus negócios e se profissionalizarem, para que sejam respeitados e garantam seu sustento. Mas principalmente, para que levem beleza para todos os lugares.
Porém, ainda assim, julgava que não era o bastante, sentia que existia algo para ser explorado aqui dentro.
Depois de passar 21 dias, na jornada de Transformação Criativa com a Bela, percebi que tudo o que eu ouvia sobre criatividade, arte, criações, não era verdade, eram as verdades que me faziam acreditar, eram apenas julgamentos infundados.
Ainda estou em completa confusão por aqui, mas é o que nós discutíamos no grupo, mexemos em águas paradas e é óbvio que muita coisa veio à tona.
Recuperei minha antiga máquina de escrever que ficou em desuso desde 1995, voltei a escrever, começando pelas páginas matinais e terminando com textos e divagações.
Olho hoje ao redor, vejo um mundo um tanto diferente, cheio de possibilidades, cheio de inspirações.
Parece estranho dizer que uma jornada tenha feito isso aqui dentro, mas a verdade é que, há muito tempo já estava incomodada com algumas questões.
A criatividade é o presente, é o futuro, é o que dá vida para o que muitos acham estar perdido.
É através dela que encontramos soluções para os problemas mais inusitados.
Primeiro criatividade, nos dá esperança, esperança de dias melhores, esperança de que tudo ficará bem.
Então, se você tem alguma paixão aí, que nunca teve coragem de colocar em prática, este é o momento certo, aproveite que já estamos revisando muita coisa por aqui.