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UM CONSUMO MAIS CONSCIENTE?

UM CONSUMO MAIS CONSCIENTE?
Lucas Dieter
jul. 20 - 4 min de leitura
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Você já se perguntou como o comportamento do consumidor pode mudar neste período pós-pandêmico?

É difícil cravar qualquer coisa, afinal, existem tantas variáveis envolvidas ao se falar de comportamento do consumidor que seria um esforço em vão assumir qualquer cenário com algum nível confiança.

No entanto, vale o exercício de reflexão: poderia um mundo com instabilidade financeira e insegurança sanitária destravar um consumo mais repensado e seguro a partir de agora?

Abre-se espaço para discussões profundas sobre o valor do consumo, meios de produção, consumo local e sustentabilidade?

Minha aposta é que o cenário está pavimentado para isso, e tudo vai depender da nossa resposta enquanto sociedade quando as coisas se “normalizarem”. Se partirmos do pressuposto que, se convivemos menos em sociedade, nossos desejos de consumo que estão ligados à competição ou fazer parte de algum grupo social específico tendem a cair naturalmente, podemos ver um movimento de recuo dos próprios consumidores nesse momento.

O que, naturalmente, forçaria as marcas a se readaptarem.

A própria consultoria McKinsey levantou olhares muito interessantes em seu último report “O novo consumidor pós-covid”.

Há uma expectativa severa de corte de gastos motivada por insegurança financeira acompanhada de reflexão sobre real necessidade de consumo, trazendo à tona perguntas como: “Por que eu preciso comprar o produto X, se estou em casa?”, ao mesmo tempo em que o próprio questionamento quase obrigatório sobre um novo estilo de vida abre precedente para que nos perguntemos para onde vai nosso dinheiro.

Outro dado que vale a pena se atentar é de que, ao menos na Europa, 50% dos consumidores entre Geração Z e Millenials estão comprando produtos mais baratos do que antes da crise, além de que estão mais abertos para um consumo de produtos de segunda mão.

Em outras palavras, não precisamos fazer um grande esforço para perceber que são vários os fatores nos levam a acreditar que teremos um modelo diferente de consumo logo ali na frente, mas a pergunta é: será que queremos isso enquanto sociedade?

Seremos fortes o suficiente para abrir mão de um modelo de consumo exacerbado em busca de um sistema mais justo e sustentável?

Não dá pra saber.

Ainda mais porque um outro fenômeno significativo também nasce neste momento: o do revenge buying, ou o consumo por vingança, que é basicamente aquela compra que você vai fazer pra compensar todos os meses que ficou sem poder sair de casa.

E não tenha dúvidas de que todas as marcas se beneficiarão disso (com exceção das de álcool gel e máscaras). Como a maioria das compras por impulso, esse movimento te garante uma satisfação imediata, mas talvez não passe disso. Talvez.

O ponto é que isso já está acontecendo na China e pode ser que aconteça na maioria dos países em escalas diferentes. E, por isso, não se surpreenda ao ver filas e filas nos shoppings quando reaberturas foram anunciadas.

O que eu quero trazer com este texto, que está mais para uma provocação ou reflexão, é que toda vez que pensamos em futuro devemos ter um olhar mais além e de longo prazo (e aqui estamos falando de pelo menos 10 anos).

É lá onde mora o futuro, mas precisamos caminhar desde já para construir algo diferente.

Afinal, no curto prazo, nossa tendência é de simplesmente repetir aquilo que fizemos durante a vida toda, por mais traumático que seja o período de crise que a sociedade esteja passando.

No fundo, ainda veremos muito de passado no nosso futuro, principalmente em relação à consumo, mas cabe à nós aproveitarmos esse contexto e, quem sabe, caminharmos para um futuro melhor.

As ferramentas nós já temos, falta a conscientização.

O quanto de passado vai existir no seu futuro?
Por hoje é isso. O vídeo deste conteúdo está aqui abaixo! Até!

@lucasdieter
 

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